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Bert Hellinger
Conheça neste vídeo a maravilhosa saga do criador das Constelações Familiares

Anton "Suitbert" Hellinger, conhecido simplesmente como Bert Hellinger, teólogo, filósofo e psicoterapeuta alemão, criador de uma nova abordagem de psicoterapia sistêmica, as constelações familiares.

As constelações tem  amplas aplicações para o âmbito da psicoterapia, aconselhamento de casais, pedagogia, consultoria de empresas, dramaturgia, política e solução de conflitos sociais.

Oriundo de uma família católica, foi marcado pela SS, no tempo do nazismo, como "inimigo do estado", ainda muito jovem. Mesmo assim, foi convocado e serviu ao exército alemão. Capturado na Bélgica, posteriormente, fugiu e voltou para Berlim. Após esse evento, tornou-se missionário e serviu na África do Sul por 16 anos. Lá, conheceu a dura realidade do apartheid, e trabalhou, favorecido pela visão mais aberta dos padres anglicanos, com dinâmicas de grupo.

Retornou à Alemanha e estudou gestaltoterapia; após dois anos de estudos, deixou sua ordem religiosa e se tornou psicoterapeuta. Estudou diversas teorias psicoterapêuticas: psicanálise; terapia primal, de Arthur Janov; análise de estórias, de Eric Berne; análise transacional, hipnoterapia. Nos anos 1970, teve contato com o trabalho de Virginia Satir, encantando-se pelo fenômeno da representação familiar desenvolvido por ela (que se passou a chamar de "escultura familiar"). Começou, então, a refletir sobre a consciência e as forças que atuam nos grupos familiares.

Nos últimos anos, dedicou-se a expandir sua visão sistêmica em diversos países, tanto dentro como fora da Europa: Estados Unidos, América do Sul, América Central, Oriente Médio e Ásia.

Descobriu, no processo de seu trabalho, que a consciência não é o juiz do certo e do errado, mas está ligada a certas ordens pré-definidas, as quais batizou de "ordens do amor" ou "ordens de origem".

O desenvolvimento posterior de seu trabalho levou-o a descobertas sobre a natureza do vínculo e da ordem dentro dos grupos humanos e de como o amor cego e as necessidades de vínculo, ordem e compensação podem estar subjacentes às tragédias familiares, notadamente ao suicídio, acidentes e doenças graves.

Descobriu que, além dos sentimentos primários (reação imediata aos acontecimentos) e secundários (sentimentos que substituem os primários), existem os "sentimentos adotados": sentimentos que se assumem de outras pessoas e são dirigidos a terceiros.

Outra descoberta, foi o "movimento interrompido": interrupção do desejo de uma pessoa de buscar ou ir em direção aos pais.

Criou uma dinâmica psicoterapêutica denominada de constelações familiares, que, mais tarde, ampliou sua abrangência, no chamado "movimentos da alma". Sua abordagem busca a clareza sobre os laços de amor que unem a família, descortinando soluções inusitadas e simples para os problemas e conflitos psíquicos dos pacientes.

Nos anos recentes, descreveu, ainda, padrões importantes relativos à efetividade da relação de ajuda, chamados de "ordens da ajuda" e, ainda, sobre a postura básica fundamental do profissional que ajuda, dentro do contexto de seu trabalho.

Escreveu mais de 100 títulos em alemão, traduzidos para mais de 40 idiomas, vários dos quais foram traduzidos para o português.

 

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